top of page

Conheça histórias e a riqueza da feira livre de Picos


ree

Quem anda pelo centro de Picos, cidade localizada a 310 km da capital piauiense, Teresina, certamente já deve ter se deparado com a grandiosa Feira Livre, espaço este dedicado a compra e venda de diversos objetos, desde utensílios domésticos, bicicletas, condimentos, frutas, verduras, roupas, calçados, etc, e que ajuda a movimentar cerca de 1.700.000 mil reais no PIB da economia picoense.

A Feira Livre de Picos é a segunda maior do Nordeste. Segundo relatos históricos, ela possui aproximadamente 179 anos e começou quando Picos ainda era uma pequena Vila. A primeira feira livre no município, ocorreu em 16 de setembro de 1845, na antiga rua do foguete, hoje Coelho Rodrigues, à sombra de um pé de cajá, foram instalados os pontos de venda. Em 1848, a feira foi transferida para a Rua do Cantinho, atual Francisco Pereira. Os pontos foram armados embaixo de umbuzeiros e juazeiros



ree

Foto: Acervo Varão

Com o forte comércio alimentício e de produção de mel que tem na cidade, a feira se torna um meio na vida de várias pessoas para auxiliar na renda mensal das famílias picoenses.

A feira funciona todos os dias da semana, mas é no sábado o ápice da maior freguesia. A movimentação começa cedo, a partir das 4h da manhã, quando os feirantes começam a montar suas “bancas” e a clientela também não tarda muito a aparecer: às 7h da manhã, o trecho entre a prefeitura de Picos, o quadro da Catedral Nossa Senhora dos Remédios e adjacências ficam lotados.


ree

Foto: arquivo pessoal

O mercado público municipal, construído em 1920 pelo prefeito Coronel Francisco Santos, se concentraram as pequenas práticas comerciais da região, gerando renda a muitas famílias que seguem a tradição até hoje e dando origem ao tradicional “Beco da Raposa”.

Muitas pessoas de outras cidades vêm até a feira garantir o sustento da família, como é o caso do vendedor de galinhas, Antônio Neto. Ele é de Ouricuri – PE, mas há cerca de quatro meses, vende os animais na cidade, na companhia da mãe:


ree

Foto: arquivo pessoal


“A feira de Picos é muito boa, pois é uma região que abrange uns 40 municípios e principalmente aos sábados, a gente vende bem aqui”, comenta o jovem rapaz.

O picoense Felipe Martins, 29 anos, abriu mão de um emprego CLT e resolveu colocar seu próprio negócio na feira. Ele vende condimentos dos mais variados tipos e diz estar feliz com os resultados:


ree

Foto: arquivo pessoal


“Estou aqui há menos de um ano, mas graças a Deus cada dia vem aumentando o faturamento, venho ganhando bem mais que antes quando trabalhava em empresa. Invisto em marketing através das redes sociais, divulgo e vendo por meio delas e vem dando muito certo”, pontua.

Um trecho bastante conhecido da feira livre, é onde vende-se os mais variados doces de leites, doce de buriti, mel, queijos, castanhas e rapaduras, iguarias típicas da região de Picos. Seu Francisco Pedro, mais conhecido como Galego do Doce, conta que há mais de 30 anos vem tirando o sustento da família na feira e consegue uma renda interessante:


ree


ree

Fotos: arquivo pessoal


“Eu e minha família só trabalhamos aqui na feira, muita gente se dá bem. Trabalho de domingo a domingo e tiro em média por mês R$ 50.000,00”, diz, orgulhoso.

Além dos itens mencionados acima, também é possível encontrar alimentos como salgados, bolos, tapioca. Um setor muito conhecido da feira é o de goma e farinha. Comerciantes de cidades vizinhas como Santana do Piauí e Ipiranga, fabricam o produto e vêm fazer a venda em Picos.


ree

Foto: arquivo pessoal

É muito popular o setor de frutas, legumes e verduras, tendo em vista que as mesmas chegam frescas da roça, são produzidas por agricultores locais sem agrotóxicos e livre de conservantes.


ree

Fotos: arquivo pessoal


Não podemos esquecer da área de roupas e calçados. Esta fica num espaço à parte da comercialização de outros produtos e movimenta um fluxo enorme de clientes que buscam alternativas para comporem seus looks, fugindo dos altos preços das lojas.


ree

ree

Fotos: arquivo pessoal



Por: Patrick Sousa




 
 
 

Comentários


bottom of page