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Paixão de Cristo emociona público no Morro do Leme, em Oeiras

Por Everton Sousa e Juliana Talita


Na tradicional encenação da Paixão de Cristo realizada no Anfiteatro do Morro do Leme, em Oeiras-PI, o grupo de teatro Arte e Sertão emocionou o público, fundado a partir do histórico Grupo IPA de Teatro, que reúne atores de diferentes idades e regiões, incluindo jovens em vulnerabilidade social. Com mais de 20 anos de atuação em Oeiras, o grupo mantém viva a tradição cultural da cidade, fortalecendo a identidade local por meio da arte e do teatro. Na noite de 16 de abril de 2025, com mais de 60 atores locais encenando a trajetória de Jesus do batismo à ressurreição.


 Paixão de Cristo de Oeiras completou 27 anos em 2025 – Foto: Acervo Pessoal da entrevistada Franciana Ferraz
Paixão de Cristo de Oeiras completou 27 anos em 2025 – Foto: Acervo Pessoal da entrevistada Franciana Ferraz

A montagem presente no calendário da Semana Santa de Oeiras há mais de 20 anos. Atualmente, o espetáculo é coordenado pelo produtor Evaiston Pompeu, com direção de Franciana Ferraz, texto de Lameck Valentim e figurino de Toinho Mocó. A produção é realizada pela Associação Arte e Sertão, com apoio da Secretaria de Cultura e Turismo (SECULT) e da Prefeitura Municipal de Oeiras.


Franciana Ferraz, atriz e responsável pela direção do espetáculo, destacou o principal objetivo da encenação: 

“Trazer à memória da população, o sacrifício de Jesus pela humanidade, aquecer os corações do público e fortificar a sua fé na ressurreição e volta de Jesus. Além do espetáculo contribuir de forma profunda com a tradicional Semana Santa, pelo simples fato de que as pessoas poderem ver com os próprios olhos, um pouco da trajetória [de Jesus], traição, condenação, morte e ressurreição bem de perto. Sentir o arrepio de cada cena, o coração pulsar no compasso do percurso, e é algo que engrandece ainda mais o calendário cultural da capital da fé - pela sua beleza e brilho”, destaca Franciana.


Foto: Arquivo Pessoal da entrevistada Franciana Ferraz
Foto: Arquivo Pessoal da entrevistada Franciana Ferraz

Questionado sobre como o elenco espera que o público reaja em relação à encenação da Paixão de Cristo, Jacson Matias, que este ano encenou no papel de Anás, compartilhou: “Que eles reflitam sobre esse ser Jesus, que naquele momento todos temos parte no calvário do Messias. E que lembrem também que foi tudo por todos nós”. 


Em 2025, o espetáculo também foi apresentado nas cidades de Várzea Grande (17/04) e Colônia do Piauí (18/04) ampliando o alcance da produção e mantendo viva a expressão cultural e religiosa. O envolvimento comunitário se destaca, desde o elenco até a produção, fortalecendo o vínculo entre cultura e identidade local. 


A encenação mobilizou um elenco com mais de 60 pessoas. No Estado do Piauí, apresentações como a da Paixão de Cristo nas cidades de Teresina, Oeiras, Esperantina, Piripiri, Parnaíba são valorizadas como manifestações culturais que unem fé, memória e expressão popular, e ainda contam com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura (SECULT).


Um dos destaques entre a multidão foi a Veuma Sousa, de 54 anos, que vai todo ano assistir à encenação com sua família: 

“Venho assistir a essa peça desde quando eu era criança. Hoje, trago meus sobrinhos para que saibam o valor da nossa fé e da nossa história. Fico sempre muito emotiva quando vejo um espetáculo tão grandioso, feito pelos nossos, sabe? Ainda mais sabendo de toda dificuldade que eles (elenco) passam.” 


A encenação da Paixão de Cristo, em Oeiras, reafirma um laço forte entre tradição, arte e espiritualidade - o que fortalece os laços entre comunidade ano após ano. Mais do que um espetáculo, é uma celebração coletiva que renova a memória cultural da cidade, integrando fé, cultura e um mix de sensações numa só narrativa. 

 

Foto: Arquivo Pessoal da entrevistada Franciana Ferraz
Foto: Arquivo Pessoal da entrevistada Franciana Ferraz

 
 
 

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