Entre Passos e Ritmos: a dança como ponte para a saúde e união em Picos
- JOAO MIKAEL DOS SANTOS LOPES
- 19 de dez. de 2024
- 3 min de leitura
Por Brenda Ester da Silva Dantas e Adão Francisco Matos Nascimento, alunos do 3º período de Jornalismo na UESPI, Picos
Na Universidade Estadual do Piauí, Campus de Picos, a dança vai além do movimento, ela conecta pessoas, alivia a pressão da vida acadêmica e cria histórias de amizade e momentos inesquecíveis . O Corpo de Dança da UESPI se tornou um espaço onde os universitários podem ser livres para se expressar, cuidar da mente e encontrar no ritmo uma nova forma de viver a universidade.

Era 2015. quando o campus de Picos, ganhou vida em passos e ritmos, nascia o projeto de extensão Corpo de Dança UESPI (CDU), uma iniciativa que teve início na UESPI da capital do Piauí e chegou a Picos através da professora Renata Batista. Após seu afastamento, a coordenação passou para Renata Lemos, que deu continuidade ao trabalho e fortaleceu o grupo. Atualmente, o projeto está sob os cuidados da professora Ayla Teotônio, que mantém viva a missão de usar a dança como ferramenta de expressão.
O Corpo de Dança chegou tímido e o grupo se fortalece a cada ano e se torna um espaço em que a rotina acadêmica ganha leveza. Hoje, ele é muito mais do que um grupo de dança, é um espaço de acolhimento e aconchego, um lugar onde você se encontra.
A dança vai além do entretenimento e da expressão artística. Ela é uma poderosa aliada no cuidado com a saúde mental e emocional. Segundo a psicóloga Dra. Juliana Maia, a prática da dança reúne benefícios que vão desde o bem-estar físico até o fortalecimento das relações interpessoais.

"A dança, como outras atividades físicas, traz bem-estar. Porém, ela tem mais benefícios, porque te coloca em contato com o seu corpo e com outras pessoas. Se a pessoa tem timidez ou agressividade, a dança ajuda a controlar isso, permitindo que ela desenvolva melhores relações com quem está ao seu redor", explica a psicóloga.
Com uma proposta que vai além da expressão corporal, o CDU busca resgatar e valorizar a cultura nordestina, especialmente, as tradições do Piauí. Carlos Santos, personal trainer e integrante do grupo, explica que o projeto não se limita a um único ritmo.
"Nas nossas apresentações, estamos usando ritmos folclóricos, como maracatu e baião, que são ritmos nordestinos. Atualmente, o grupo conta com 14 integrantes e, ao longo dos anos, passou por uma importante transformação. Antes, o Corpo de Dança era um projeto de extensão voltado ao curso de Educação Física. Porém, nos novos editais, ele foi aberto à comunidade, tanto interna quanto externa. Então, qualquer pessoa que tem interesse e se identifica com a dança pode participar", explica Carlos.
Carlos também conta que há opções para quem deseja se envolver, tem os alunos que entram como bolsistas e outros como voluntários. Só basta gostar de dançar para participar como voluntário. O interessado deve entrar em contato com a coordenação do Corpo de Dança UESPI. Os ensaios acontecem duas vezes por semana: às quartas-feiras, no Piauí Shopping, e às sextas, na UESPI, às 14h.
Para Carlos, que além de educador físico também integra o grupo, os benefícios da dança vão muito além das apresentações. Ele conta como a prática contribui diretamente para o bem-estar e a formação acadêmica dos participantes.
"Como profissional da Educação Física, eu acredito que a dança traz muitos benefícios sociais e para a saúde mental, pois a prática de exercícios libera dopamina, que é essencial para nós. Além disso, contribui para o conhecimento acadêmico e o ganho de ACCs", destaca o personal.
O projeto se torna acessível, não há custos de inscrição ou mensalidades para os integrantes, com exceção do transporte até os ensaios.
O grupo busca ampliar sua atuação. O foco está voltado para o resgate de danças típicas, com um espetáculo que já foi apresentado três vezes neste mês (Novembro) e conta com quatro novas apresentações agendadas para o próximo.

"No ano que vem, vamos criar novos espetáculos e seguir com apresentações que valorizam a cultura nordestina", adianta Carlos.
O corpo de dança CDU não é apenas um projeto de extensão, é um espaço de acolhimento, aprendizado e transformação. Cada ensaio e apresentação carrega a essência da cultura nordestina e a força de quem acredita no poder do movimento para mudar vidas. Enquanto os passos ecoam pelos palcos, o grupo segue com planos futuros, prometendo levar a dança a novos horizontes e continuar inspirando universitários a encontrarem equilíbrio, pertencimento e expressão através da arte.
Amei 😍