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Jornalismo em Crise: a dificuldade de ingressar no mercado de trabalho na região de Picos

Por Maissa Stefany, aluna do 3° período de jornalismo pela UESPI, Picos


Ingressar no mercado de trabalho pode ser desafiador. No jornalismo, muitas vagas pedem experiência, e nem sempre é fácil encontrar oportunidades que valorizem quem está começando. Além disso, o mercado jornalístico está em constante mudança e exige adaptação a novas tecnologias.


A grande concorrência no campo da comunicação também dificulta o ingresso de recém formados na vida profissional e gera falta de oportunidades para os novos jornalistas.


Com o crescimento do curso de jornalismo, as vagas no mercado de trabalho ficaram também concorridas. As empresas têm dado maior valor a currículos ricos e cheios de experiências e só a graduação não é o suficiente.

 

A dificuldade também vem quando se é de cidade pequena e  não tem muitas oportunidades de trabalho, como é o caso da Layanne Rodrigues que é de São Luis do Piaui, Jornalista recém formada , na Universidade Estadual do Piauí- Uespi de Picos.Ela destaca que  entrar no mercado de trabalho traz muitos desafios.


“ Eu acabei me formando no meio da política municipal. Então, eu precisei me deslocar de volta para minha cidade [Layanne morava em Picos], porque eu ia trabalhar aqui e isso acabou me afastando um pouco do mercado de trabalho, porque eu moro numa cidade pequena, onde não tem tanta oportunidade em comparação a cidade grande como Picos, por exemplo”, conta ela.

Foto : Layanne Rodrigues, recém formada (arquivo pessoal)
Foto : Layanne Rodrigues, recém formada (arquivo pessoal)















Ao refletir sobre a necessidade de se adaptar ao vasto campo da comunicação, percebemos que, muitas vezes, quem não tem um diploma, mas possui uma boa capacidade de aprender rapidamente, consegue se destacar. Isso faz com que pessoas sem formação específica na área conquistem vagas, em parte porque trazem consigo mais experiência prática. Além disso, frequentemente, elas já possuem recursos e habilidades que quem acabou de sair da faculdade ainda não desenvolveu.


“Apesar da gente estudar e ter uma base teórica, querendo ou não o aprendizado cara a cara que você ganha com o mundo, ele tem um peso muito maior”. - Layanne Rodrigues 

A formação acadêmica é muito importante porque te dá a base para entender o mundo e começar a construir sua carreira. Ela ensina conceitos, abre portas e ajuda a enxergar oportunidades. Mas, no fim das contas, ela sozinha não faz de você um profissional. 

É na prática, no dia a dia, com erros e aprendizados, que você realmente se encontra e cresce no que faz.  A Universidade te dá as ferramentas, mas é você quem vai construir o caminho.

 

Outro ponto de dificuldade é a remuneração inicial, que nem sempre é proporcional aos esforços dedicados à formação. Está cada vez mais comum que jornalistas no início da carreira precisem atuar como freelancers ou buscar oportunidades fora das redações tradicionais, explorando novas possibilidades em comunicação corporativa, assessoria de imprensa e mídias independentes. Essa flexibilidade pode ser desafiadora, mas também abre portas para a criatividade e inovação.  


Além disso, os profissionais enfrentam um problema que é trabalhar muito e ganhar pouco. Como alternativa, muitos recorrem ao empreendedorismo ou se submetem às condições desafiadoras do mercado.


Entre essas dificuldades de entrar no mercado de trabalho também existe a maternidade que se torna um grande desafio para as mães , ter um filho pequeno é um grande desafio, muitas empresas ainda enxergam a maternidade como um obstáculo, o que fecha portas para quem precisa de uma chance. A falta de apoio, como horários flexíveis ou creches, dificulta ainda mais a vida dos pais, especialmente das mães.


Gessyka Santos que é mãe e formada em Jornalismo pela Universidade Estadual do Piaui - Uespi de Picos conta que o fato de ter uma filha pequena foi um dos motivos que dificultou a entrada dela no mercado de trabalho. 

Foto: Gessyka Santos, jornalista (arquivo pessoal).
Foto: Gessyka Santos, jornalista (arquivo pessoal).

“Teve um lugar em que eu fiz uma entrevista pra trabalhar como assistente de marketing e quando eu falei que minha bebê era de cinco  meses eles me dispensaram , eu senti que eles pensaram que eu não iria dar conta.”, relembra.


 
 
 

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