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Jornalistas do amanhã: O papel dos acadêmicos em Jornalismo na luta contra a desinformação

Por Maissa Stefany e Maria Rita.

Fonte : Inteligência artificial
Fonte : Inteligência artificial

                                                                                            














A desinformação se tornou um dos maiores desafios da era digital, exigindo esforços conjuntos para enfrentá-la. Acadêmicos e docentes em Jornalismo assumem um papel fundamental nessa luta, desenvolvendo estratégias para promover informações de qualidade e combater esse fenômeno. A formação desses futuros profissionais não se limita apenas à técnica, mas envolve a conscientização ética e social sobre o impacto das informações na sociedade e no espaço acadêmico.


O que é esse fenômeno? A desinformação é uma disseminação intencional de informações falsas ou enganosas com objetivo de manipular, confundir ou influenciar pessoas. Com o avanço das tecnologias digitais e das redes sociais , ela se espalha rapidamente dificultando a distinção entre fatos e falsidades. 


Thaila Vitória, aluna do 7° período do Curso de Jornalismo, na Universidade Estadual do Piauí, faz parte do Coletivo Bereia, que tem como objetivo buscar e checar a veracidade das notícias.

“ Antigamente éramos ensinados somente a informar e hoje temos o dever não só de informar, mas também de combater a desinformação”, afirma Thaila.
Thaila Vitória, aluna do 7° período de Jornalismo; Foto: Maissa Stefany         
Thaila Vitória, aluna do 7° período de Jornalismo; Foto: Maissa Stefany         

                             

                                        











Thaila apontou alguns pontos sobre o papel dos estudantes no combate à desinformação e como a disseminação de informações falsas afeta a confiança do público nos veículos de comunicação.

“É um papel primordial, porque antigamente éramos ensinados somente a informar e hoje temos o dever não só de informar, mas também de combater(a desinformação). Pois,está em todos os meios, e essa questão de que  para você ser jornalista não precisa obrigatoriamente ter o diploma é um fato que influencia a desinformação. Combater esse fenômeno que vem sendo alimentado por pessoas que não possuem diploma, ou  talvez até tenha, mas atuam de uma forma que não condiz com o Código de Ética dos Jornalistas", enfatiza  a aluna.

A checagem consiste em analisar minuciosamente informações publicadas em matérias, identificando dados, fontes e contextos, analisando a sua veracidade. Esse processo utiliza uma metodologia rigorosa para confirmar a precisão das informações, cruzando referências em bases confiáveis e desmentindo conteúdos falsos.  No vídeo a seguir, a aluna Thaila explica como acontecem as checagens no Coletivo Bereia:




Para essa  construção responsável dos universitários, os professores ajudam na compreensão da repercussão que as notícias falsas causam sobre a democracia e a opinião pública. Thaila fala como está sendo debatido e abordado em sala de aula.

“Eu acho que está sendo abordada de forma primordial todo dia em sala de aula. A gente vê isso não somente nas aulas de ética, mas em outras disciplinas também”,ainda ressalta o quanto essa abordagem dos professores fortalece os futuros jornalistas capacitando para sua atuação no mercado de trabalho futuramente:“Os professores sempre batem nesse ponto de que você tem que ser ético, trazer a verdade e combater a desinformação. Aqui no curso não somente em aulas de ética, mas em todas as disciplinas, os professores sempre focam na verdade e ética das informações”, destacou a aluna.

A jornalista,mestre em comunicação e professora da Universidade Estadual do Piauí, Ruthy Costa, fala sobre o papel do profissional no combate à desinformação, é fundamental.

“Hoje, o papel do jornalismo e do jornalista é cada vez mais essencial no contexto da desinformação e do excesso de informação. Ao mesmo tempo em que o profissional de jornalismo e a área como um todo são responsáveis por produzir e distribuir conteúdo noticioso de qualidade, pautado na ética e em critérios bem estabelecidos, eles também agem no combate’, declara a professora.

Ruthy Costa, jornalista, mestra em comunicação e professora na UESPI;Foto: Maria Rita
Ruthy Costa, jornalista, mestra em comunicação e professora na UESPI;Foto: Maria Rita

                   

                                 











De acordo com a professora, a desinformação que mais se espalha e causa consequências graves é aquela que se apropria das características do jornalismo.

“Quando informações falsas são apresentadas no formato e na linguagem de uma notícia, elas acabam convencendo mais facilmente as pessoas. Por isso, o jornalismo e os jornalistas têm hoje esse papel consolidado nesse enfrentamento. Nas agências de verificação, por exemplo, os jornalistas trabalham na identificação das características que distinguem uma informação falsa de uma verdadeira, desmontando produtos de desinformação. Há também diversas iniciativas independentes de combate à desinformação, todas sustentadas pelo trabalho jornalístico. Assim, os jornalistas atuam em dois eixos principais: a produção de informação de qualidade e o combate à desinformação, uma área de atuação que já se consolidou dentro da profissão”,disse a professora.


Na sua pesquisa para o mestrado, a professora Ruthy vai falar sobre desinformação e checagem, pautando o papel do jornalismo nesse cenário. Aborda como  o impacto das iniciativas de verificação no jornalismo e como essas práticas influenciam a ética e a qualidade da informação,preparação dos alunos, futuros jornalistas, para lidar com a desinformação, destacando a importância de habilidades críticas e ferramentas adequadas nesse cenário. Clique aqui para ouvir a sonora com a Professora Me. Ruthy Costa.



Quase 90% dos brasileiros reconhecem ter acreditado em notícias falsas


Segundo uma matéria publicada pela Agência Brasil trazendo dados reais do Instituto locomotiva, quase 90% dos brasileiros admitem ter acreditado em notícias falsas. 


Veja o gráfico e os principais motivos:

   Gráfico feito por: Maissa Stefany e Maria Rita
   Gráfico feito por: Maissa Stefany e Maria Rita









            




Esses dados destacam a crescente preocupação com a desinformação no país, mostrando como informações imprecisas podem influenciar a percepção da população. O levantamento chama a atenção para a necessidade de iniciativas de verificação e educação midiática para combater esse problema. A educação sobre verificação, fontes confiáveis e análise crítica das notícias é essencial não apenas para a carreira jornalística, mas também para o dia a dia, em um mundo saturado de informações. Dessa forma, a formação sólida dos alunos fortalece a construção de um ambiente informativo mais confiável e consciente.


 
 
 

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